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Cheiras mal! Nunca tinha ligado por dizerem, Cheiras mal! São negros os dedos do cheiro. Espetam. Não importa, é preciso achar a porta. Era aqui nesta rua. Era aqui a porta. Se faz frio já não cheiro tanto, em calhando... encalhando na na na encalhado na na na nado manco na na na... Já não me lembro do cheiro dela. Não é esta a porta. Era aqui nesta rua mas esta porta não é. O frio, é preciso achar a porta. Tinha dois caixotes... Cheiras mal! Ela cheirava bem. A mãe cheira sempre bem. Cheira a mãe. Já não me lembro. Já não... na na na nado manco na na na nado torto na na na nado tanto na na na nado morto... Já morreu e não me lembro do cheiro dela. Cheira a morta. A porta... É preciso achar a porta dos dois caixotes. Era nesta rua. O frio não deita cheiro. O frio é transparente. O frio é limpo. O frio é bonito. O frio é bonito mas mata... A porta. A porta preta. A porta preta não abre e tem caixotes. Era aqui, assim. O sinal. O sinal não é este. O sinal tinha outro do outro lado. Do outro lado... na na na noutro fado na na na choro fado na na na chamo fado na na na do chanfrado... na na na da chanfana! Cheirava bem a chanfana! Boa chanfana! Pouca mas boa. E cheirava bem. Cheiras mal! Só davam um prato. Era boa. O frio. A porta. É já ali. É a porta. E se cheirar, não faz mal, os caixotes tapam o vento e o frio. Na porta preta ninguém mora. O frio é menos frio quando cheira. Cheiras mal! Não faz mal... na na na... o cheiro adoça... na na na... o escuro aquece... na na na... o chão dorme... na na na... a porta dorme... na na na... dorme...
1 comentário:
bom o texto!
obrigada pelas visitas lá... na na na... bandida.
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