Cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... Anda, anda... anda, vai... que já deve ser tarde e chego sempre tarde... dói... Eles chegam cedo e ficam a brincar um pouco. É bom brincar mas chego sempre tarde e o bruto ralha logo... Anda, anda... anda, dói... anda, vai...
És sempre o mesmo, coxo duma figa!... anda lá, põe-te à cola.
Cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... Na hora da bucha é bom. Eles falam comigo, às vezes, poucochinho que ele vem logo. Daquela vez a Ranholas deu-me um beijo, mas o Gancha veio logo todo galo a dizer que era a namorada dele que levava na cara se não fosse aleijadinho e que ela tinha era pena. Anda, vai... vem aí o bruto... anda, anda...
Anda, mexe-te, põe-te à cola que ainda tens trinta pares de ontem.
Anda, vai... cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... dói... o chão duro dói. O sol da janela está quase a chegar e é bom quando chega, a bater nas pernas e o joelho já dói menos. E é bom quando o sol bate nos cabelos da Ranholas, fica como uma princesa com coroa dourada... dói, dói... o bruto...
Sempre a sonhar ó coxo!... o que é que eu faço contigo pá?! esta semana levas menos três soldos para ver se aprendes.
Cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... o bruto... dói... Ela vai zangar-se comigo e depois fica triste. Ela está sempre triste. A Ranholas riu-se para mim. A Renholas nunca está triste e amanhã trago-lhe uma laranja da quinta grande. Sei do arame que está solto, é fácil passar e as laranjas da árvore torta são doces. São como a Ranholas que é doce e cheira a fogueira. Talvez me dê outro beijo... Ranhola, beijola... já não vai à escola... cola... cola...
Anda lá pá! olha-me esse monte! não vales o que ganhas... fosse pouco boa a tua mãe e nunca cá tinhas posto essa patas de manco...
Cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... e a bola se calhar... ela não ma vai dar. Ela não sabe que chego tarde por que dói. Dói um e dói dois. Dói... os joelhos doem muito e chego sempre tarde. Anda, vai... que ela está triste. Anda... ela está sempre triste... vai... E os olhos dela brilham quando chego... dói... tarde. À Noite.
És sempre o mesmo, coxo duma figa!... anda lá, põe-te à cola.
Cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... Na hora da bucha é bom. Eles falam comigo, às vezes, poucochinho que ele vem logo. Daquela vez a Ranholas deu-me um beijo, mas o Gancha veio logo todo galo a dizer que era a namorada dele que levava na cara se não fosse aleijadinho e que ela tinha era pena. Anda, vai... vem aí o bruto... anda, anda...
Anda, mexe-te, põe-te à cola que ainda tens trinta pares de ontem.
Anda, vai... cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... dói... o chão duro dói. O sol da janela está quase a chegar e é bom quando chega, a bater nas pernas e o joelho já dói menos. E é bom quando o sol bate nos cabelos da Ranholas, fica como uma princesa com coroa dourada... dói, dói... o bruto...
Sempre a sonhar ó coxo!... o que é que eu faço contigo pá?! esta semana levas menos três soldos para ver se aprendes.
Cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... o bruto... dói... Ela vai zangar-se comigo e depois fica triste. Ela está sempre triste. A Ranholas riu-se para mim. A Renholas nunca está triste e amanhã trago-lhe uma laranja da quinta grande. Sei do arame que está solto, é fácil passar e as laranjas da árvore torta são doces. São como a Ranholas que é doce e cheira a fogueira. Talvez me dê outro beijo... Ranhola, beijola... já não vai à escola... cola... cola...
Anda lá pá! olha-me esse monte! não vales o que ganhas... fosse pouco boa a tua mãe e nunca cá tinhas posto essa patas de manco...
Cola, cola, mil sapatos por uma bola... cola, cola... e a bola se calhar... ela não ma vai dar. Ela não sabe que chego tarde por que dói. Dói um e dói dois. Dói... os joelhos doem muito e chego sempre tarde. Anda, vai... que ela está triste. Anda... ela está sempre triste... vai... E os olhos dela brilham quando chego... dói... tarde. À Noite.
Sem comentários:
Enviar um comentário