Às pedras eu brindo!
Ao tempo infindo adverso à palavra,
Banalidade, a pedra que não mente.
Em verdade morre dos segredos que guarda.
Pelo canto da pedra!
Que sem pranto se entreva de mágoa indolor,
Dormente à tragédia nas lágrimas que verte,
Por dentro, em grutas e em algares do primeiro alvor.
Às vagas de pedra!
Que em fragas se acanha, por um seixo jurar,
Que exulta a face que dura fere, que dura mata,
E que oculta quão dócil se deixa moldar, devagar.
Ser alma de pedra!
Certeza que encerra um só momento.
Sem pejo de ser só, sendo pedra e sendo tudo,
O desejo de quem habita as pedras por dentro.
20081013
o desejo de habitar as pedras por dentro
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3 comentários:
brindo contigo às pedras.
quando o desejo leva ao próprio acto ( de habitar)
quando se quebra uma pedra polida nada se conspurca...há muito tempo lhe foi roubada a alma!
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